Evento teve mais de 26 horas de conteúdo e grande participação brasileira
17 de junho de 2021 – Executivos de algumas das principais empresas do mundo se juntaram a Chefes de Estado, representantes de governos, líderes das Nações Unidas e sociedade civil nesta semana em um debate sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as ações necessárias para alcançá-los. Durante mais de 26 horas de conteúdo (entre 15 e 16 de junho,) foram abordadas questões a respeito das crises convergentes de mudança climática, a pandemia global da Covid-19, o agravamento da desigualdade social e econômica e temas relacionados à luta contra a corrupção.
Em seu discurso de abertura, o secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, enfatizou a importância da ambição das empresas em ações relacionadas à sustentabilidade, colocando os negócios como catalisadores de mudanças necessárias para cumprir a Agenda 2030. “Em cada setor, são necessários recursos maiores, mais rápidos e ambiciosos para promover as mudanças sociais e econômicas exigidas pela agenda 2030 e pelo acordo de Paris sobre as mudanças climáticas.”, disse Guterres.
Sanda Ojiambo, diretora executiva do Pacto Global das Nações Unidas, defendeu em seu discurso a relação que os negócios têm a desempenhar para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em um momento em que o progresso foi prejudicado pela pandemia de Covid-19.”O progresso é essencial para uma recuperação justa, inclusiva e sustentável da covid-19″, ressaltou Sanda.
Na edição deste ano, a participação brasileira foi destaque em número de inscrições, ficando em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Além disso, entre os painelistas, tivemos a participação de importantes líderes empresariais brasileiros, como Roberto Marques (CEO Natura), Teresa Vernaglia (CEO BRK Ambiental), Denise Hills (VP do Pacto Global da ONU – Rede Brasil e Diretora Global de Sustentabilidade da Natura), Francisco Razzolini (Diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos na Klabin), entre outros.
Conheça algumas das iniciativas apresentadas durante a 21ª edição do Leaders Summit:
Lançamento do playbook de Ações Coletivas:O evento marcou o lançamento oficial do playbook “Unindo-se contra a Corrupção: Um Manual da Ação Coletiva Anticorrupção”. O documento aborda como as empresas e outros atores do negócio podem unir forças para lutar contra a corrupção de forma coletiva, além de como os interessados da sociedade civil e do setor público podem participar e ajudar a fortalecer estes esforços.
“Unindo-se contra a Corrupção: Um Manual da Ação Coletiva Anticorrupção” foi desenvolvido em seis etapas que aprofundam conceitos sobre os papéis principais de todo o processo de criação de uma Ação Coletiva. O Playbook permite que os leitores façam um diagnóstico claro de seu cenário de corrupção, identifiquem e envolvam as partes interessadas em aplicar a metodologia de Ação Coletiva para abordar os desafios de corrupção identificados e mitigar potenciais riscos de negócio.
André Oliveira, Head of Legal and Compliance da BASF, falou sobre as Ações Coletivas da Rede Brasil no painel “Uniting against Corruption: Launch of the UN Global Compact Anti-Corruption Collective Action Playbook.” Para Andre “Em um contexto de alta percepção de corrupção como o do Brasil, a ação de uma empresa não é suficiente para acabar com a corrupção. A Rede Brasil do Pacto Global sustenta que as empresas precisam unir forças com governos, organizações comunitárias, ONGs e outros negócios para nivelar o terreno, incrementar a transparência e melhorar o ambiente de negócios em determinado setor.”
Clique aqui para acessar o manual.
Apresentação internacional do programa Blue Keepers:O Blue Keepers é um projeto nacional desenvolvido para combater a poluição do plástico em rios e oceanos no Brasil por meio do fomento de ações locais, principalmente voltadas para a promoção de uma economia circular do plástico no âmbito empresarial e na melhoria dos sistemas de limpeza urbana no âmbito municipal, com o objetivo de obter ganhos nacionais. Os objetivos do projeto são reduzir substancialmente a quantidade de vazamento de plástico nos rios e mares no Brasil a curto, médio e longo prazo, e desenvolver uma metodologia e uma plataforma que possa ajudar outras cidades, estados, países e regiões a atuarem de forma efetiva no combate à poluição dos oceanos.
Organizado pela Rede Brasil, o painel “Blue Keepers: Promoting a Circular Economy for Plastic to Combat Marine Litter and Coastal Pollution” promoveu um debate entre Roberto Simões (CEO, Braskem S.A.), Patricia Iglecias (CEO CETESB) e Alexander Turra (Professor no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, titular da Cátedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano). Durante o encontro, foi apresentada a estrutura adotada para o projeto considerando uma linha de base robusta para ação, baseada no mapeamento dos principais focos de poluição do plástico ao longo da zona costeira e um diagnóstico detalhado identificando as origens, causas e rotas de transporte dos resíduos plásticos para o oceano.
No evento, Roberto Simões destacou a relevância deste projeto no cenário nacional. “Entendemos que devemos atuar também para melhorar a gestão dos resíduos sólidos estaduais e municipais. É por isso que o projeto Blue Keepers tem tanto potencial, é uma iniciativa que busca consolidar os esforços de todos e tem como objetivo gerar resultados efetivos no curto, médio e longo prazo.”
Lançamento curso “Negócios e direitos humanos: como as empresas podem operacionalizar os princípios orientadores da ONU”:O curso que pretende orientar as empresas sobre como agir para identificar, prevenir, mitigar e contabilizar seus impactos sobre os direitos humanos foi lançado durante o painel “Ten Years after the Guiding Principles on Business and Human Rights”, parte da programação do primeiro dia do evento.
Desenvolvido pelo Pacto Global das Nações Unidas e pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em colaboração com a Shift, este curso de e-learning ajudará as empresas a entender o que os direitos humanos significam para suas culturas e como elas podem respeitar e apoiar os seus conceitos de acordo com com os Dez Princípios do Pacto Global da ONU e os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos (UNGPs).
O primeiro módulo do curso já está disponível: Introdução aos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos.
Acesse o Novo Curso de E-learning da Academia do Pacto Global da ONU sobre Direitos Humanos.