Organizações que representam o setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas – entre elas a Rede Brasileira do Pacto Global – se reuniram no dia 12 de novembro em São Paulo para o seminário “Implicações e oportunidades para o meio empresarial diante da nova INDC brasileira”, realizado pela Iniciativa Empresarial em Clima (IEC).
Organizações que representam o setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas – entre elas a Rede Brasileira do Pacto Global – se reuniram no dia 12 de novembro em São Paulo para o seminário “Implicações e oportunidades para o meio empresarial diante da nova INDC brasileira”, realizado pela Iniciativa Empresarial em Clima (IEC). Na oportunidade, foi discutido o potencial brasileiro no uso de energias renováveis, como a eólica e a solar. A intenção foi estabelecer formas proativas de participação do empresariado brasileiro na promoção de uma economia de baixo carbono.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que esteve no evento, disse que o Brasil precisa enfrentar o desafio de substituir 15 gigawatts em usinas térmicas ineficientes, caras e poluentes por novas formas de geração de energia. “O custo da eletricidade, o que
inclui os processos de transmissão e distribuição, é o grande desafio. Ou seja, é preciso buscar uma maneira, especialmente por meio da tecnologia e da infraestrutura, de substitui-la por energias baratas e limpas, fazendo com que nosso mercado se torne mais competitivo”.
As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, conhecidas como INDC, são um documento que contém o que cada país pretende fazer para reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). A meta anunciada em setembro pelo governo brasileiro na sede da ONU em Nova York é a redução de 37% das emissões até 2025.
Além do ministro, compuseram a mesa o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e os CEOs Wilson Ferreira Junior, presidente da CPFL, Rogério Zampronha, Presidente da Vestas, e José Edson Barros Franco, Presidente da InterCement.
O evento também marcou o lançamento da publicação Caderno do Pacto – Clima, do GT de Energia e Clima da Rede Brasileira do Pacto Global, que faz uma síntese das questões mais atuais sobre a temática e traz cases de organizações parceiras. Para o coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), Mário Monzoni, a publicação “faz parte de uma agenda de comunicação e é uma ferramenta de mobilização do setor empresarial para os desafios de uma economia de baixo carbono”, comentou.
O seminário, preparatório para a COP 21, em dezembro, em Paris, teve o apoio do British Council e foi uma realização do IEC, que reúne o Instituto Ethos, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o GVces, o CDP, a Rede Brasileira do Pacto Global e o Instituto Envolverde.