Por Maria Garcia A criação de um marco regulatório envolvendo governos, setor privado e sociedade civil é a principal recomendação do relatório final do Water Business Day, que condensa as discussões do evento, realizado no dia 18 de março, durante as atividades do Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Por Maria Garcia
A criação de um marco regulatório envolvendo governos, setor privado e sociedade civil é a principal recomendação do relatório final do Water Business Day, que condensa as discussões do evento, realizado no dia 18 de março, durante as atividades do Fórum Mundial da Água, em Brasília. Para cumprir o objetivo, é necessário que o escopo legal seja construído de forma coletiva e aumente a confiança entre negócios e a sociedade, valorizando de forma transversal o recurso natural e incentivando os investimentos de longo prazo.
O documento é o resultado das três oficinas realizadas durante o evento, compostas por empresas e organizações, além das principais mensagens deixadas pelos palestrantes do Painel de Lideranças. No total, cerca de 250 representantes dos setores público e privado e terceiro setor participaram das atividades ao longo do dia.
Os esforços da Rede Brasil do Pacto Global, do Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) – responsáveis pelo diálogo entre as empresas – direcionam para uma realidade local e mundial em que o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 6 (Água potável e saneamento) seja uma linguagem comum e compartilhada entre as empresas e sua rede de colaboradores. A intenção é ampliar a consciência do uso e manejo da água para todos os setores de produção da indústria.
Responsável pelo consumo mundial de 20% da água, a indústria foi alçada pelos palestrantes como parte da solução para as questões hídricas. Sendo assim, as companhias devem ampliar a consciência da gestão da água tanto para as operações internas quanto externas. No decorrer das dinâmicas dentro das oficinas, foram levantados os desafios das empresas no futuro, assim como fatores para o desenvolvimento de ambientes favoráveis capazes de possibilitar modelos inovadores de gestão.
As discussões passaram por três eixos temáticos: Caso da Água nos Negócios Circulares, que traçou barreiras e oportunidades para a circulação de ideias, propostas e bons exemplos de gestão hídrica no setor privado; Riscos – Medidas, Monitoramento e Relatório, que explorou os índices e instrumentos utilizados para monitorar e reportar questões relacionadas, e Gestão da Água para avançar nos ODS e criar um Valor Compartilhado, que buscou entender o papel da gestão coorporativa da água no alcance do ODS 6.
Acesse aqui o documento na íntegra (em inglês)
Foto: Confederação Nacional da Indústria (CNI)