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Setor privado, esferas públicas e sociedade precisam se unir para combater o lixo no mar 

A responsabilidade compartilhada e soluções colaborativas são a chave para uma solução efetiva 

Julho de 2022 – O combate ao lixo no mar foi outro assunto bastante discutido na Conferência do Oceano, e foi consenso entre os participantes que o tema é tão complexo que não se resolve com atitudes isoladas, é preciso pensar em soluções que equilibrem as responsabilidades entre o setor privado, esferas públicas (governo federal e municipalidades) e a sociedade. 
O ODS 14 trata de Proteção à Vida Marinha, abarca muitas metas relacionadas à preservação do oceano, dentre elas a recuperação de recursos, com todos os materiais e produtos recuperados e reciclados ou reutilizados ao final do uso para evitar o caminho do lixo para o mar, o que fomenta diversos setores econômicos, promove a geração de renda e inclusão social, além da manutenção dos nossos finitos recursos naturais.  
Alguns destaques no tema de poluição do oceano por resíduos sólidos: 

Dando continuidade à nova Resolução UNEA para Fim da Poluição por Plásticos, firmada em março de 2022, a cooperação entre países intermediada por organizações internacionais com expertise técnica dedicadas à proteção do oceano foi bastante recorrente.  

Soluções de prevenção que o lixo chegue ao mar tiveram destaque, com o Blue Keepers figurando dentre os projetos aplicados mais relevantes, considerando principalmente o menor impacto à biodiversidade e a aplicabilidade de soluções em diferentes cenários e disponibilidade de recursos. 

Também houve espaço para estratégias e tecnologias de retirada do que já chegou nas costas oceânicas, considerando o potencial deste material como matéria prima para outras indústrias, como a de Construção Civil, Mobiliário público (bancos e mesas para praças, para escolas), Moda e upcycling para artigos “de luxo” como itens de decoração, vestuário e de uso pessoal (óculos, tênis, mochilas), Energia, entre outros, além da geração de renda para pescadores e famílias impactadas. A ressalva aqui é que tudo isso se aplica a alguns tipos de plástico e desde que em condições de beneficiamento, ou seja, é uma pequena escala, mas pode ser uma das estratégias em determinadas localidades, gerar renda e servir como ferramenta de comunicação/sensibilização para população em vulnerabilidade. 

O uso da terminologia “plastic waste” de forma mais recorrente ao invés de “plastic” somente, para que os esforços sejam mais concentrados em combater a poluição dos resíduos pós-consumo. 

A Análise de Ciclo de Vida (ACV) do plástico, considerando as matérias-primas de produção que não sejam de origem fóssil e plásticos de uso único, também estiveram na pauta de alguns eventos. 

 
“Temas como o lixo no mar não se resolvem em uma mesa com apenas um “pé”: é preciso pensar soluções que equilibrem as responsabilidades entre setor privado, esferas públicas e a sociedade”, ressaltou Gabriela Otero, coordenadora do projeto Blue Keepers.